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A "Inclusão " ou a "Solução"?


Marcio Gil de Almeida
Teólogo e Pedagogo

Há temas, propostas ou percepções que vejo como meras propagandas, utopias, antilógicas e perdas de tempo. Coloco nesta situação a tão badalada “inclusão”.  O que precisamos é de solução e não de ilusão.

O grande problema parte dos educadores. A visão dos educadores está impregnada de teorias que não querem encarar a realidade, não aceitam o que é mais prático e viável. Eles não vêem porque não estão abertos a outra percepção. Aqui me refiro a tal da "inclusão". Há dez anos já estavam no PNE medidas necessárias, todavia quase nada mudou e é difícil de acreditar que algo vai mudar. Se pararmos para pensar, pois bem... é isto aí. Se pararmos para pensar... Vamos fazer várias ponderações que mostram a inviabilidade da tal “inclusão”.  Faço separação da capacidade de aprendizagem dos alunos com deficiências. Na APAE e na PESTALLOZZI, eles aprendem porque existe o espaço adequado, com os profissionais preparados em boa parte das deficiências ou naquelas necessárias, com os recursos pedagógicos, com o número de profissionais adequados, com o ambiente adequado para os mesmos e dedicação exclusiva dos profissionais a estes alunos portadores de deficiência em sala de aula.
A chamada “inclusão” em escolas públicas é uma doce ilusão.  Digo que, em muitos casos não há professor que dê conta do recado. Quantos tipos de deficiências visuais, auditivas, motoras, intelectuais ou mentais, existem? Não é possível os professores estarem prontos para todas ou para maioria das deficiências. Trabalhar com deficientes não é brincadeira e não dar para fazer de conta. E é isto que está acontecendo: ESTÃO FAZENDO DE CONTA. O governo faz de conta que está fazendo os investimentos e que a situação está indo muito bem. As escolas recebem os alunos e faz de conta que estão conseguindo os objetivos. Os professores fazem de conta que os deficientes estão aprendendo e finalmente os deficientes fazem de conta que vale apena está ali, que estão aprendendo e estão sendo valorizados. A família observa e faz de conta que não sabe da realidade. Bom... Entretanto, a realidade não faz de conta, ela é dura e nos diz: FAZER DE CONTA É UMA MENTIRA PARA ENGODAR O CIDADÃO DE BEM. Pergunto à sua memória e consciência: Os professores estão dando conta da aprendizagem dos alunos considerados normais? Se você estiver pensando o que estou pensando...

A realidade é mais do que a poesia. Será que ninguém acorda? Existe uma gama enorme de deficiências mentais, auditivas, motoras e visuais. Um professor na sala de aula nunca irá dar conta da situação. Há casos mais simples que pode acontecer a tal da inclusão.  O que as pessoas querem não é inclusão, elas querem é a solução. Elas não brigam por terminologias, elas querem a solução. Quando vemos alunos que estão na APAE ou na PESTALOZZI, eles avançam em alguma coisa, chegam às escolas públicas e quando corresponde a alguma expectativa, não é por causa do professor da escola pública, deve-se aos profissionais da APAE, da PESTALOZZI e de outras instituições. Mais valeria investir nas APAES, PESTALOZZIs e outras instituições que realmente fazem diferença nas vidas dos deficientes. Se o que desejam, os INCLUENTES, é a socialização dos deficientes, podem-se fazer programas de socialização com as escolas públicas sem necessidade de serem alunos da rede pública. A rede pública acrescenta pouco à vida destas pessoas. E se for para continuar com este trabalho de inclusão tem que haver mudanças radicais. Uma Pedagoga chamada Eliene França, em sua monografia propôs que houvesse no município escolas selecionadas com salas equipadas e profissionais capacitados para educá-lo. Eu gostei desta proposta que pode ser incrementada com outras sugestões. O que importa é a solução em educar.

O Brasil é o país das atrapalhadas. O Brasil vive de discurso e não de propostas viáveis e eficientes. O nosso país é continental e que tem uma população, que segundo o IBGE, nos senso de 2010, 24% da população se declaram ter alguma deficiência. Segundo a pesquisa 18,8% dos entrevistados afirmaram ter dificuldade para enxergar, mesmo com óculos ou lentes de contato. Entre as pessoas que declararam ter deficiência visual, mais de 6,5 milhões disseram ter a dificuldade de forma severa e 6 milhões afirmaram que tinham dificuldade de enxergar. Mais de 506 mil informaram serem cegas. A deficiência motora apareceu como a segunda mais relatada pela população: mais de 13,2 milhões de pessoas afirmaram ter algum grau do problema, o que equivale a 7% dos brasileiros. A deficiência motora severa foi declarada por mais de 4,4 milhões de pessoas. Destas, mais de 734,4 mil disseram não conseguir caminhar ou subir escadas de modo algum e mais de 3,6 milhões informaram ter grande dificuldade de locomoção. Cerca de 9,7 milhões declaram ter deficiência auditiva (5,1%). A deficiência auditiva severa foi declarada por mais de 2,1 milhões de pessoas. Destas, 344,2 mil são surdas e 1,7 milhões de pessoas têm grande dificuldade de ouvir. A deficiência mental ou intelectual foi declarada por mais de 2,6 milhões de brasileiros. (Dados retirados do IBGE)

Outra coisa a ser levado é a economia do governo nesta tal de "inclusão". Acredito que o governo pensou: Vamos resolver a situação dos deficientes da forma mais barata possível. Então, eles pensaram... Vamos usar os mesmos profissionais (educadores etc) e as mesmas estruturas (prédios etc). Por que gastar dinheiro com este povo? Vamos colocar junto com os outros alunos e dar uma beleza para a situação que todos vão engolir. E aí pergunto, será que não engoliram?

Pelos dados apresentados não dar para ficar fazendo de conta. É necessário espaço especifico para eles,  em salas de aulas especificas, com os profissionais preparados nas deficiências necessárias, com os recursos pedagógicos, com o número de profissionais adequados e dedicação exclusiva dos profissionais a estes alunos portadores de deficiência em sala de aula. O importante é a solução e não o formato apresentado pela tal da "inclusão".

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