Pular para o conteúdo principal

A Guerra das Árvores

Por Marcio Gil de Almeida

As árvores estarrecidas e chocadas pela destruição implacável e mortes de muitas de suas irmãs e da estupidez dos filhos de Adão. Resolveram que deveriam reunir e conversar sobre o assunto. Nesta reunião, a tristeza, a dor, a desolação e a revolta eram patentes no ambiente discursivo. No ano de 1950, no dia vinte e um, do mês de setembro, foram registrados na ata da Assembléia das Árvores, os ocorridos.

O Cajueiro estava revoltado e agitava-se de um lado para o outro. Em meio tanta agitação, os seus galhos entrelaçavam e produziam ruídos, e aí falou em alta voz para toda a floresta ouvir:

- Vamos amigas promover um movimento revolucionário! Vamos iniciar uma guerra contra os filhos de Adão! Eles respiram o ar que nós purificamos, bebem da água que nós preservamos, comem do nosso fruto, se perfumam com as nossas flores, e são curados com as nossas folhas e raízes. Apesar disto tudo, eles nos derrubam, destroem e nos matam. Até quando vamos permitir tal horror?


Uma grande árvore, o Pau Brasil, alça os seus galhos e pede a palavra.

-Irmãs, não devemos entrar em guerra contra os homens, pois certamente vamos  ser derrotadas.

-Nós somos mais fortes do que eles, certamente vamos prevalecer, disse o Açaizeiro.

-Devemos entregar para Deus e ele vai resolver o problema, disse o Maracujazeiro.

-Deus presenteou com o livre arbítrio para os homens e já mostrou para eles que a natureza geme. No entanto, eles não dão ouvido, disse a Macieira.

De repente, um arbusto invade a reunião gritando em desespero, já quase sem fôlego e dá as novas e más noticias:

-Os filhos de Adão estão avançando em nossa direção com os monstros infernais, máquinas da destruição! Elas derrubam e arrancam as árvores. As novas e as velhas árvores são cruelmente esmagadas. Certa amiga, a jovem Goiabeira, estava cheia de pequenos frutos e fora destruída de uma forma implacável! Amigas, ela não tinha dado a sua primeira safra, era jovem e tinha muito a dar.

-Vamos amigas temos que reagir, disse o Cajueiro.



Então, se prepararam para a guerra. Quando os homens chegaram, as árvores não se conteram e reagiram fortemente. O resultado desta guerra não foi agradável. E desta forma aconteceu a destruição. Os homens eram os mais fracos, todavia, ganharam a guerra porque os monstros lhes eram favoráveis.

Talvez vocês não saibam, mas quem me contou esta história foi a última árvore, o Pau Brasil, duma cidade chamada Pau Brasil, dum país chamado Brasil. Este último Pau Brasil enviou-nos a seguinte mensagem:

 

“Os filhos de Adão desobedecem a Deus e ao destruírem as árvores, trazem grande mal para si. Sem árvores, sem ar e  água de qualidade, sem perfume, sem saúde e sem fruto. Desta forma, o homem está destinado à implosão existencial. Os filhos de Adão estão ficando sem árvores e sem  vida. As árvores estão guerreando pela sobrevivência. Elas estão perdendo e os homens pensam que são vencedores. Todavia, o espelho do bom senso tem revelado que sem as árvores são seres destinados à morte pela própria estultícia. No dia 21 de setembro comemora-se o dia da Árvore e nós não queremos piedade, queremos respeito.”

Postagens mais visitadas deste blog

Será que Conseguiremos nos Livrar da Destruição em que o Comunista Lula Está nos Levando?

 Cada dia que passa sabemos quem são os atores das verdadeiras ditaduras no mundo e no Brasil. Eles se enraízam na estrutura do poder público corrupta e na mídia corrupta, Os ditadores de verdade falam uma coisa, mas são outras coisa. Eles acusam os outros de ser aquilo que eles são. Eles falam em defender a democracia, mas são os que menos se importam com ela e trabalha sorrateiramente contra a mesma. Quando não tem argumentos, procuram calar os opositores com falsas narrativas, acusações falsa, rótulos ofensivos e depreciativos,  com processos e perseguições diversas. Procuram desmoralizar e desumanizar todos aqueles que não falam a linguagem deles. Eles acusam os demais de fascistas, sexistas, homofóbico, transfóbico, antidemocráticos, terroristas, anticientíficos, genocidas e até ditadores. A  ala  dos falseadores da democracia e dos vírus dos marxistas querem a abolição da família, da propriedade privada, a destruição do patriotismo, manipulam o concei...

Fabulas I

Faça o seu download gratuitamente. Toque aqui para acessar o e-book e fazer o download        Fábulas O gênero textual fábula é fascinante.  Este artigo estimula a imaginação, traz edições da vida, é um espaço para criatividade e bom humor, e encanto.  Estas estórias sempre me chamam atenção, pois nossa atenção está sempre presente.  Possui temas variados e foi escrito com o objetivo central de cultivar ou morrer de pensar / refletir e cultivar bons valores.  Título das Fábulas I- A Tecla com Complexo de Inferioridade  II- Assembleia das Árvores  III- Conflito entre a Estrela e o Satélite  IV- Conversa de Bicicleta  V- O Artigo  VI- O Boi da Praça  VII- O Fim do Disco Vinil  VIII- O Grande Mal da Manipulação IX- O Ministério das Meias Impares  X- O Reino dos Espinhosos  XI- O Reino dos Macacos  XII- O Reino dos Urubus  XIII - Origem do Texto - Parte I ...

Parábola dos meninos na praça Mateus capítulo 11:14-19

  Errata: A onde eu disse 3ª pessoa da Trindade, corrige-se para 2ª pessoa da Trindade. Contribuição voluntária e sem valor determinado. Marcio Gil de Almeida Pix 49981919500 Veja  obras de Marcio Gil de Almeida em forma de e-book: 1.  Fábulas I 2.  Fábulas e Ilustrações no Capricho 3.  Sermões edificantes I 4.  Sermões edificantes III 5.  Revelação de Levítico I 6.  Revelação de Levítico II 7.  Revelação de Levítico III 8. Universidade para Pais Contribuição voluntária e sem valor determinado. Marcio Gil de Almeida Pix  73982455883 Canal de Vídeo Marcio Gil de Almeida  . Blogs: Pastor Marcio Gil Files Educação  (blog)