Certa vez uma irmã estava cursando teologia no nosso seminário. Ela trabalhava numa loja e já chegava muito cansada em sua casa. Lá, o marido pensava que a mesma iria dar atenção ao lar/família, só que não era isso que acontecia, porque ela era membro de uma igreja e a pastora exigia muito mais do que lhe era cabido. Ela fazia o papel de uma pastora auxiliar, mesmo não sendo oficialmente. Devemos fazer as coisas por amor, e assim a irmã fazia... A dedicação dela tinha uma atenção tão grande que o Curso de Teologia no seminário estava basicamente inviável e o casamento estava em crise. Em conversa com ela e com a devida liberdade, aconselhei que conversasse com a sua pastora e administrasse a situação, pois tinha que dar atenção à família, ao curso, a si mesma, a outras coisas, além da própria igreja (no auxilio da pastora). Simplesmente, ela estava exausta e não poderia dizer que aquilo era vida. Pois bem, após ter conversado com a pastora, o resultado foi o seguinte: A pastora orientou a mesma a sair do curso e a pastora proibiu os membros de estudar no seminário. A irmãzinha continuou com a sua vida sobrecarregada e com os problemas no casamento. Fiquei com a consciência tranquila e em paz por que estava fazendo o correto e o justo, mas, nesta história fiquei de ruim e com o prejuízo.
Esta historia real mostra o quanto as pessoas trocam a ordem de prioridades. O exemplo citado mostra que ela não conseguia enxergar que a sua vida estava uma bagunça. O apego e o respeito à pastora era tanto, que não conseguia ver que a pastora tinha uma vida, um ministério pastoral, o tempo especifico, inclusive boa remuneração para se ocupar com tal e ela não... A isto digo: Há pessoas que não conseguem se libertar da escravidão disfarçada que outros nos impõem e líderes que não deveriam existir ou que deveriam mudar o seu comportamento.
Um dos principais motivos para a dissensão e facção no seio da igreja ou da família, são as péssimas escolhas feitas por crentes. As escolhas geram decisões e estas precisam ser justas. Uma má escolha pode destruir o relacionamento com o cônjuge, filhos, pai, mãe, irmãos, amigos, irmãos em Cristo etc. São as escolhas más que nos destroem e elas dependem da nossa ordem de prioridade.
A ordem de prioridade nos mostra o que é mais importante para nossa vida. Isto vai atrair ou expulsar pessoas de nossa vida. Escolhas boas edificam e uma ordem de prioridade justa atrai pessoas com o mesmo caráter. Se a nossa ordem de prioridade é egocêntrica e egoísta atrairemos para a nossa vida pessoas do mesmo caráter.
Qual a ordem de importância entre nós, a igreja (com instituição que servimos) ou irmãos em Cristo (relacionamento diversos), família, trabalho, Deus etc? Dentro da família existe uma ordem de prioridade. Também, cabe ao cristão por ordem nos gastos dos nossos recursos. Quando nós perdemos a noção de prioridade não há futuro.
Veja a ordem de prioridade conforme princípios encontrados na Bíblia:
1º Deus;
2º A própria pessoa;
3º A família;
4º Igreja
5º Demais pessoas, coisas, atividades etc.
Entre a família e o trabalho, a família vem primeiro. Entre o ministério nosso como pastor e a família, a família vem primeiro. Entre a igreja e sua família, a família vem primeiro. Entre a diversão e o trabalho, o trabalho vem primeiro. Não podemos abrir mão de nenhum deles, mas precisamos tomar cuidado e sermos prudentes. Existe o lugar certo para cada coisa.
Pense na ordem de prioridade que você tem colocado na sua vida e se não tiver andando nesta ordem. Repense, recomece e ouse mudar para melhor. Não aceite em sua vida loucura nas prioridades da vida.
Deus abençoe a todos nós!
Marcio Gil de Almeida
Teólogo e Pedagogo
17/02/12
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